Sete dicas de uma linguagem que contribui como o seu sucesso
Sim, parece banal! Mas a forma como você se expressa através de sua linguagem diária é determinante para o seu sucesso, em qualquer tipo de “empreitada”. Da atividade doméstica ao mundo corporativo, um elemento determinante para a sua eficiência é forma como você fala, bem como as palavras que você escolhe. E o mais importante: depende exclusivamente de você, a incorporação e utilização de uma linguagem mais adequada em sua rotina.
Pode ser que você ainda esteja desconfiado, mas faço questão de reforçar: as palavras que usamos determinam nosso comportamento, nossa fisiologia e nosso humor. Palavras determinam sucesso ou fracasso em relacionamentos e metas (pessoais e/ou profissionais) e consequentemente afetam nossa saúde, nosso humor e até nossa felicidade.
As palavras que usamos determinam nosso comportamento, nossa fisiologia e nosso humor.
Então, vamos sair do campo teórico e avançar um pouquinho na prática. São comuns os erros de comunicação que seguem abaixo. Na verdade, não são erros, mas sim um modelo de comunicação sem eficiência e que compromete o alcance da meta desejada:
O uso do não. O nosso cérebro tem uma grande dificuldade de entender o não. Vou recorrer ao velho exemplo que dou em palestras: “Não pense em um fusca verde!” É claro que você pensou. Vamos aos exemplos do cotidiano: “Não conversem em sala de aula”. “Não corra na estrada”. “Não coma rápido”. “Não me entenda mal” e finalmente: “Não perca esta oportunidade”. Ao invés de dizer para as pessoas o que você não quer que elas façam, diga exatamente o que você deseja ou quer que elas façam. Corrigindo os tópicos acima teríamos: “Fiquem quietos!”, “Vá devagar na estrada!”, “Coma devagar!”, “Entenda!” e por final, “Aja, tome uma atitude”.
O uso do perder peso. Quando você diz que quer perder peso, seu cérebro não capta a informação porque ela não é específica, ou seja, não existe uma métrica definida. Então, ao invés de falar que você precisa perder peso, na verdade defina quanto você quer pesar, e preferencialmente em quanto tempo. Perceba a diferença: “Preciso perder peso”. Quero pesar 73 quilogramas no dia 17 de junho. Além de específica, a segunda frase tem uma mensagem subliminar muito importante, que é o “quero”, enquanto que a primeira frase tem o “preciso”, que é uma obrigação. E como sabemos, toda obrigação torna-se um peso.
Avaliações versus afirmações. Quase sempre, pela pressa acarretada em nossa rotina de trabalho, promovemos avaliações ao invés de afirmações. As avaliações podem ser colocadas em dúvida, pois são subjetivas e dependem de quem avalia e do referencial. Já as afirmações são feitas com base em algo mais concreto e assertivo. Veja as diferenças: Danilo é baixo (critério de avaliação do observador). Danilo tem 1.60 metros (critério de afirmação com dados precisos sobre quem foi observado). Então, para ter sucesso, perca um tempinho e faça uma afirmação mais precisa.
A generalização: “todo mundo” ou “todos”. É muito comum escutarmos: “Tá todo mundo reclamando do ar condicionado”. “Todo mundo que estava lá é rico”. “Todos estão errados”. Todos ou todo mundo refere-se a algo universal, e, considerando-se relações humanas, sempre poderá haver uma ou algumas exceções. Então use: A “maioria” (das pessoas) ou “algumas” (pessoas) ao invés de todo mundo.
A frase vou tentar. “Vou tentar”, infelizmente, já pressupõe fracasso. Quando você usa a palavra tentar, sua mente não trabalha exigindo o seu limite, pois já está pressuposto que se ocorrer o fracasso, de alguma forma ele já era esperado. Portanto, se tiver pouca convicção de algo diga: “posso fazer”.
O uso do “é difícil”. Nada pior do que o uso deste termo. Toda vez que você usa este termo, seu cérebro procurará registros anteriores para comprovar que você pode ter razão. Ao dizer “é difícil” para um exercício de Matemática por exemplo, seu cérebro vai buscar registros no passado em que você teve dificuldades em Matemática, e assim nasce uma espécie de bloqueio. Troque o é difícil por: é desafiante.
A palavra esperança. Esta palavra cria uma imagem positiva e outra negativa no cérebro, sendo que ambas possuem o mesmo peso. Portanto a “esperança” nos proporciona dúvida e a dúvida pode nos imobilizar. Desta forma, se você trabalha com metas e resultados, troque esperança por “prever”.
Neste pequeno ensaio, tentei mostrar para você que a sua linguagem reflete os seus pensamentos e consequentemente a sua organização. Eu diria que é impossível separar linguagem, pensamentos e ações. Logo, fica a dica: mude sua linguagem e você vai mudar a sua vida.